Conforme orientação aprovada na III Assembleia da Esquerda Alternativa, foram iniciadas conversações entre a Esquerda Alternativa e a Plataforma Unitária no sentido de se iniciar um processo para um acordo entre as partes no termos propostos e votados pelos aderentes da Esquerda Alternativa e da Moção E/Bloco Plural.
Da última reunião resultou uma declaração conjunta que de seguida se publica.
Declaração Conjunta da Plataforma Unitária e da Esquerda Alternativa
Na sequência do apelo a uma nova convergência interna, dirigido pela Plataforma Unitária a todas as sensibilidades que se apresentaram na Convenção de 2014, oportunamente divulgado aos aderentes e apresentado em reunião à Tendência Esquerda Alternativa no dia 17 de abril, reuniram-se delegações de ambas as estruturas no dia 5 de maio.
Foi então expressa por ambas as partes a vontade de iniciar um processo para a apresentação de uma moção de orientação conjunta à X Convenção Nacional do Bloco de Esquerda. Esse percurso assentará em consensos políticos fortes acerca de grandes decisões a tomar até à X Convenção, prevista para finais de 2016: programa e listas eleitorais; eleições presidenciais; linha de orientação política.
Foram identificados três pontos de partida para este trabalho de elaboração e articulação:
1. Até às eleições legislativas e depois delas, no parlamento, os eleitos do Bloco de Esquerda respeitarão o mandato da IX Convenção. Assim, o Bloco não abdicará da sua autonomia política, nem se submeterá a acordos de incidência parlamentar, globais ou setoriais, com os partidos subscritores do memorando com a troika e comprometidos com o tratado orçamental. Pelo contrário, contribuirá para viabilizar todas as medidas que respondam aos interesses populares e opor-se-á a todas as medidas que prolonguem a austeridade e a redução de direitos.
2. Este processo reconhece a proporção da representação obtida em Convenção como base na atribuição de responsabilidades partidárias, sejam elas internas (na composição dos órgãos de direção, por exemplo) ou de representação pública (listas eleitorais, por exemplo) e aplicará esse princípio na preparação de uma moção comum à próxima Convenção. Este trabalho de convergência será dado a conhecer a todo o partido e procurará incluir o maior número de aderentes e sensibilidades internas.
3. É criado um grupo de trabalho para, cultivando relações de responsabilidade e confiança, desenvolver esta colaboração política e elaborar uma proposta de primeiros candidatos do Bloco aos diversos círculos eleitorais. Essa proposta será debatida nos órgãos de direção do partido, contribuindo para que o posterior debate e votação a nível distrital e regional resulte no mais forte consenso possível.