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Documento proposto à II Assembleia da Esquerda Alternativa e subscrito por: Helena Pinto, Humberto Silveira, Luís Fazenda e Sandra Cunha.

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Sob o lema "Bloco de volta", a Esquerda Alternativa organiza no dia 19 de julho (sábado), pelas 10h30, no auditório do Metro de Lisboa (ver localização), a sua II Assembleia Nacional. 

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1. No dia 14 de dezembro de 2013, os militantes do Bloco de Esquerda foram surpreendidos com o anúncio, através da comunicação social, do lançamento de um manifesto que se propunha agregar Bloco de Esquerda, LIVRE, ex-militantes do PCP e outros cidadãos sem vinculação partidária.

Segundo a imprensa, Carvalho da Silva lideraria este grupo com o propósito político imediato de criar uma lista candidata ao Parlamento Europeu da “esquerda situada entre o PS e o PCP”. Avançou-se ainda que já teriam sido realizadas “reuniões para a elaboração do manifesto, que têm incluído quer representantes do Bloco de Esquerda, quer do grupo de pessoas que está a constituir o LIVRE”.

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Andamos a viver acima das nossas possibilidades?

Dizer que os portugueses e o país viveram durante muito tempo acima das suas possibilidades foi a justificação oficial para a implementação de sucessivos planos de austeridade. Diziam que a dívida pública era a prova de que andamos a gastar o que não tínhamos.

A dívida foi e é a chantagem e a legitimação do saque aos trabalhadores e às trabalhadoras. É em nome dela que se reduz salários, cortam-se pensões, aumentam-se impostos e se destrói o Estado Social. Diz-se que os portugueses gastaram desenfreadamente, por isso criaram dívida. Logo, é preciso ‘ajustar’ os rendimentos dos portugueses. Diz-se que o Estado gastou demais durante muito tempo, o que criou dívida. Logo, é preciso ‘ajustar’ o Estado, o seu tamanho, os seus serviços e a sua possibilidade de despesa.

Nada mais falso! Como veremos, nem os portugueses e as portuguesas tiveram comportamentos individuais despesistas, nem o Estado português era excessivamente pesado, nem a austeridade diminuiu a dívida. Ao invés, aumentou-a!